domingo, 27 de abril de 2008

Para maiores de 16.

'Eu hoje venho aqui falar
De uma coisa que anda a atormentar’

E essa coisa que me atormenta surgiu numa conversa durante um jantar de anos.
Todos nós, quando fomos pequenos, aprendemos aquelas músicas e lengalengas que os educadores de infância, ou até mesmo os pais, nos ensinam. Mas mais valia estarem quietos.
São músicas que quando somos pequenos não nos apercebemos mas aquilo é tudo menos moralista e próprio para crianças.
Por exemplo:

Atirei o pau ao ga-to-to
Mas o ga-to-to
Não morreu-eu-eu
Dona Chi-ca-ca
Asustou-se-se
Do bérru do bérru que o gato deu
MIAU!

Quando cantava isto nem me apercebia do que estava a dizer, mas no fundo eu estava a tentar matar um gato à paulada. E ou o gato pertencia à Dona Francisca (tratada por Chica), ou esta personagem passava pelo local quando o gato deu o seu 'bérru' e a assustou. Crianças... Não se bate em animais. Nem se assustam Donas Chicas.
Outro exemplo de uma lengalenga que eu nunca tinha aprendido até ter ouvido alguém citá-la nesse jantar:

D. Afonso Henriques matou sua mulher, sua mulher
Cortou aos bocadinhos e mexeu com a colher, com a colher
Quem lá passava cheirava a gás, cheirava a gás
Era a cozinheira que dançava o Cha Cha Cha, Cha Cha Cha

Portanto o D. Afonso Henriques é o Hannibal português. Mata a mulher e ele só mexe com a colher, porque ele tem uma cozinheira que deve ser quem põe depois o sal e os caldos Knorr etc. E pelos vistos a senhora estava feliz porque estava a dançar o cha cha cha. O pior é que essa dança provocava um cheiro a gás pela casa. Muito educativo sem dúvida.
Agora resta saber quem inventa isto. Adultos ou crianças? Uma opção ou outra assusta-me.
Outra coisa que não nos apercebemos são as letras de músicas de cantores que animam festas e vão à televisão, etc. Por exemplo, nunca percebi se o Iran Costa é um cantor para adultos ou para crianças. Tinha uns 10 anos quando o vi actuar numa festa na terra da minha avó. Primeiro, tinha bailarinas que se abanavam todas em roupas minúsculas e um bailarino nas mesmas condições. E segundo, ele cantava musicas como 'O bicho' em que o refrão é o seguinte:

É o Bicho, É o bicho
Vou te devorar
Crocodilo eu sou

E outra intitulada de 'O pimpolho':

Ela 'tá dançando
E o Pimpolho está de olho
Cuidado com a cabeça do Pimpolho.

Mas todas estas músicas acompanhadas com movimentos, criados pelos bailarinos, muito sugestivos.
É como as músicas do Quim Barreiros. Ele está sempre na queima das fitas e toda a gente sabe pelo menos o refrão de uma ou outra música. E no entanto aquilo é tudo só metáforas.
Enfim...

ps: Durante este mês assisti a dois concertos espectaculares dos meus artistas favoritos. The Hives no coliseu e David Fonseca também no coliseu. Para ambos esperei cerca de 6 horas à porta, mas valeu muito a pena. Aconselho a todos os que ainda não viram para o irem fazer. E fiquem descansados que são músicas próprias para consumo de todas as idades.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Entre Pontes e Génios e Génios e Pontes

Novo aeroporto, nova ponte… Alcochete, Chelas – Barreiro. E, sim sim, a discussão sobre a localização é gira, se bem que tem sempre efeitos ambientais não desejados. Sim. A discussão cheira mal. Mas se até a Quercus acha bem a construção de uma nova ponte, isso deixa-me a pensar. Com tantas prioridades onde ‘despejar o papel’ e é logo empregue não numa, mas em duas obras públicas e não na conta crescente (calma já vamos falar do Cristiano Ronaldo) do Sr. Mário Lino (o maior camelo do deserto que é a margem Sul). É de surpreender. Estou contra. É como aquilo do espaço onde os U2 gravaram ter de desaparecer. Aquele sítio a que as pessoas se tinham habituado (muito por causa da poluição) vai deixar de se ver. No caso dos presidentes da câmara de Lisboa, parece que a tradição de meter p’ró bolso vai desencaminhar-se (pelo menos do ponto de vista humorístico da questão). Mudando de Conversa. A história do ‘Génio da bola’ é estúpida. Com isto tudo, qualquer dia ainda há possibilidade de haver um ‘Génio da corrupção’, era capaz de soar bem (e não, não estou a falar em corrupção só porque o F.C. Porto se sagrou campeão, digo… tricampeão). Parece que já estou a ver:

‘Génio: Alô. Sou o Génio da corrupção. Concedo-te três servicinhos.’
‘Fulana tal: ‘Tá giro. Então queria que me arranjasse uma conta crescente como a sua.’
‘Génio: Ok. Arranjo-lhe um cargo no poleiro de uma câmara. Nem é muito grande, mas para o que quer chega. Dirige-se ali àquela terra e candidata-se à presidência.’
‘Fulana tal: Queria um bilhete de avião para o Brasil.’
‘ Génio: Aí tem.’
‘Fulana tal: Um ferrarizinho.’
‘Génio: Desejos concebidos. Adeus Dona Fátima (dito com voz de James Bond’

Uns dias depois…
‘Epá isto de ser presidente de Felgueiras vem com saco Azul e tudo!’ (Fátima Felgueiras).

PS: Entre as linhas 12 e 13 fiz uma piadinha sobre o MEU Porto. É doloroso.

Agradecimentos: O título foi criado 50% pela minha colega mirandesa Ângela Topa.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Coisas estranhas.

Filho: Oh mãe eu não gosto da avó Izilda.
Mãe: 'Tá bem filho. Então come só as batatas.



Bom… Já andava para escrever à bastante tempo. Mas férias são férias. Até para este blog tão giro (NOT!).
Hoje era para escrever sobre um vídeo que vi no início das férias, mas agora é demasiado falado. Penso que não há muito para dizer sobre o caso da rapariga que queria ‘o telemóvel já!’. É assustador aquele vídeo. Eu não me ri a primeira vez que o vi no Youtube e hoje continuo a não achar piada, talvez por ter pais professores que podem estar sujeitos a situações iguais ou piores.
De qualquer maneira existe uma parte gira neste caso. O que é que aconteceu à rapariga que tem obsessão pelo seu telemóvel?
A rapariga vai ser transferida para outra escola. Uma escola que fica na zona onde a rapariga vive e que esta tinha escolhido em primeiro lugar para estudar. Ou seja… É tipo Natal. Desobedece, grita e agride a professora e vai para uma escola que ela quer. ‘Há coisas fantásticas, não há?’

Enfim… Mudemos de conversa.
E não é que há médicos engraçados? Existem casos de médicos que cometem erros… vá lá… estúpidos.
Eu vou citar alguns interessantes.
“Dois médicos são acusados de ter deixado uma tesoura dentro do corpo de um paciente.” Não faço ideia do que é que se passou naquela sala, mas concentração na operação é que não aconteceu. É que uma tesoura é um objecto relativamente grande. Seria um bocadinho difícil perde-lo dentro do corpo do paciente.
“Um doente fez uma operação simples à garganta mas sufocou até à morte no quarto do hospital.” Bom.. avançando.
“Um especialista em ecografias não detectou um bebé com seis dedos.” Se calhar não sabia contar.
E isto podia continuar porque em Portugal, existem mais mortes associadas a erros médicos do que em acidentes de aviação. Estima-se que, todos os anos, três mil portugueses sejam vítimas de erros médicos.

Agora não sei se tenho mais medo do vídeo da história do telemóvel ou dos erros médicos. Levar pancada por causa de um telemóvel ou ir ao hospital e deixarem-me uma pinça na barriga, é difícil escolher. Vamos a votos!